A laranjeira-kinkan é um arbusto ou pequena árvore perenifólia, frutífera e ornamental, muito semelhante às plantas do gênero Citrus, aos quais pertencem as laranjas e tangerinas. Elas se diferenciam principalmente pelos frutos menores, com poucos gomos, e de casca fina e comestível. O tronco é bastante ramificado, podendo ter ramos muito espinhentos ou lisos, e o crescimento é lento, chegando a 5 metros de altura. As folhas são lanceoladas, alternas, coriáceas, glabras, com a página superior verde-escuro e a inferior, verde clara. As flores surgem na primavera, nas axilas foliares, e são brancas, muito perfumadas, em rácemos de um a quatro. Os frutos amadurecem no outono, e podem ser redondos, elipsóides ou piriformes, de acordo com a variedade. Em geral, as laranjinhas-kinkan apresentam casca fina, delicada, doce e comestível, com a polpa um tanto azeda. As quatro principais variedades de kinkan são a “Marumi”, de frutos redondos, a “Nagami”, de frutos elipsóides a ovais, a “Fukushu”, de frutos redondos a piriformes, e a “Variegada”, de frutos variegados de listras amarelas.
Essa laranjeira de características especiais é ideal para cultivar em vasos, ou em jardins pequenos. Por apreciar meia-sombra, pode ser posicionada próximo a uma janela bem ensolarada. Se bem conduzida, ela forma copa densa e bonita. É muito produtiva, sendo que uma planta pode produzir de centenas a milhares de frutos por ano. Como realiza a auto-polinização, não é necessário ter mais de uma árvore para a obtenção de frutas. No Japão, os frutos são comumente consumidos inteiros, in natura, mas há quem não goste da polpa, ingerindo apenas à casca. Também se presta para a confecção de doces, compotas, geléias, molhos, licores, conservas, etc. É uma fruta riquíssima em vitamina C e de baixo valor calórico. A kinkan também tem seu lugar cativo na arte do bonsai, sendo preferida por muitos aficcionados.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, profundo e bem drenável, preferindo os ligeiramente ácidos. Aprecia regas regulares, principalmente nos primeiros anos após o plantio. É uma das fruteiras cítricas que mais resiste ao frio intenso, entrando em dormência durante o inverno rigoroso e rebrotando na primavera. No entanto, se ocorrer geadas no início da primavera, pode se danificar seriamente. Também é resistente à salinidade dos ambientes litorâneos, sendo própria para a casa de praia. Para obter uma árvore sempre produtiva e livre de pragas e doenças, efetue podas anuais para limpeza e arejamento da copa. Fertilize durante a primavera, verão e outono, com adubos próprios para árvores frutíferas. Multiplica-se por sementes, estacas, mas principalmente por enxertia sobre limão-cravo, laranja-amarga ou pomelo.
Fonte: jardineiro.net
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